E agora José??!!!

E agora, José? 

Frase eternizada no belíssimo poema de Drummond poderia ser repetida aos borbotões aos homens que, hoje, estão a frente do Fluminense. Aliás, para ser justo, não só em relação aos que hoje estão no comando, mas também, a tantos outros do passado que, assim como os do presente, acharam que a história de um clube centenário se resolveria com um projeto de patrocínio que, certamente, um dia se acabará.
Por favor, aos idiotas da objetividade de plantão, não se arvorem em torcer as minhas palavras. Não faço o discurso de demonização da UNIMED e do Celso Barros, como tantos fazem ou já fizeram. Mas, questiono, como sempre questionei, o fato do Fluminense se reduzir a isso. Esqueceram do clube, enquanto instituição, que passou a viver como apêndice da seguradora. Hoje, talvez sejamos, dentre os chamados clubes grandes, o de pior situação financeira e econômica. Nosso patrimônio é absolutamente dilapidado e nossos ativos penhorados. Sendo que, ao que se anuncia, pelo menos na imprensa, o que sempre deve ser relativizado, o ano de 2014 reserva o fim da parceria com a Unimed, restando tão-somente o patrocínio nas mangas de camisa. Pois é, em em meio à crise já pré-anunciada, eu deveria perguntar: E agora, seu Peter? Qual foi o plano B preparado para essa hipótese, se é que existe plano B? O Fluminense precisa de mudanças, mas que, ao invés de arvorar em um discurso mentiroso do chamado "novo Fluminense", prefiro resgatar a tradição do Fluminense de sempre, vanguarda na organização e fomento do esporte no Brasil e no mundo.